terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Político e o Bebado


partilhado por Pinheiro

Um político que estava em plena campanha chegou a uma
pequena cidade, subiu para o palanque e começou o
discurso:
 - Compatriotas, companheiros e amigos! Encontramo-nos
aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou
discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece
transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico,
tema ou assunto, que hoje nos convoca, reúne ou junta é a
minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.
 De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, por que é que o senhor utiliza sempre três
palavras, para dizer a mesma coisa? O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas
com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a
segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como
o senhor e a maioria dos que aqui estão; A terceira palavra é
para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, 
digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na
esquina. De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto,
circunstância ou razão pela qual me encontro n'um estado
etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou, quer
dizer, que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). 
E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) 
pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) 
os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic)
 e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho(hic)
 à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe
biológica ou à put@ que o pariu

sábado, 12 de janeiro de 2013

Histórias dos Impérios da TASCA
Volume 1
VIII - O Império desaparecido
Parte I


Por Matemaníaco

Sede da TASCA, algures no final de 2012CO

Uma mensagem, vinda do império de McLopes informa a TASCA que era impossível contactar o império oGamus.
A princípio a notícia passou despercebida.
Depois, o imperador mayNard prestou atenção à notícia e foi pessoalmente visitar McLopes, acompanhado da imperatriz Durga.

Palácio Imperial de McLopes, Tagus [7:7:4]

– É uma honra receber dois imperadores da TASCA aqui no palácio... A que devo a honra?
– Olá McLopes. Podemos falar num sítio privado? – perguntou mayNard.
McLopes faz um sinal com os dedos e todos os guardas e empregados saíram. As holocâmaras foram desligadas.
– Agora pode me dizer porque dispensei todo o meu pessoal?
– Foste tu que mandaste a mensagem sobre o império oGamus.
– Sim, mas se não fosse eu seria outro qualquer.
– Ninguém chama oGamus ao império da Hara, a menos que tenha nascido lá. Em vez de pedir aos meus serviços secretos, preferi pedir-te a ti que me contes a tua história.
– Isso de só quem nasceu lá é treta... Deves ter me investigado. E sem querer ser inconveniente, porque trouxeste a imperatriz Durga? Ela é sempre bem-vinda, assim como qualquer membro da aliança...
Durga sorriu.
– Você faz-me lembrar alguém, mas não estou a ver quem – disse McLopes.
– Não fujas ao assunto. Conta lá a tua versão da história. Prometo contar depois a nossa.
– Nossa?... Está bem, não tenho nada a esconder.
Eu nasci sim em Principal, no tempo do rei Flávius. Fiz lá toda a minha vida e entrei para a academia astral real. Assim que concluí os estudos fui colocado como piloto de caças ligeiros ao serviço do reino. Fui progredindo na carreira até chegar a subcomandante.
– Estás a saltar muitos detalhes – disse mayNard.
– Se já sabe, não preciso de os contar.
– Está bem, continua.
– Na minha ultima missão, há onze anos atrás, fui colocado como subcomandante num protótipo de uma nave da batalha, sob o comandante Jamaica. Íamos numa missão de exploração espacial, com um passageiro muito especial: A princesa herdeira, a princesa Hara.
Algo de anormal se passou no salto de hiperespaço, e fomos parar a uma região ainda hoje desconhecida do universo. Muita tripulação faleceu com a turbolência, incluindo o comandante.
Eu tomei comando, com permissão da princesa.
Algum tempo depois, recebemos um SOS da Léon, um destruidor que fazia parte da nossa expedição. Eu e alguns dos melhores técnicos e engenheiros fomos à Leon, numa tentativa de recuperar a nave.
Só que o instável motor de hipersalto fez a Léon saltar, viemos todos parar aqui à G7 e deixámos a nave de batalha com a Hara lá!
Este palácio está construído sobre o que resta da Léon.
Se regressássemos a Principal, na G1, o rei, na sua ira, mandaria matar-nos a todos.
– Ele era conhecido pelos seus excessos, mas isso não será exagero? – Interrompeu Durga.
– Oh, eu garanto que não. Ainda tenho a base de dados original da Léon. Posso partilhar.
– Continua, se faz favor...
– Eu e os meus homens decidimos ficar aqui começámos a difícil tarefa de construir um império intergaláctico.
– Difícil? Um dos meus cronistas escreveu um livro, muito famoso, sobre a construcção de um império. O título é “O império de may”... - interrompeu mayNard
Nunca ouvi falar – respondeu McLopes.
– Não o interrompas. Esse livro nem existia quando ele chegou cá. – Disse Durga – Continua McLopes.
– Um dia, meses depois, tentei contactar a minha família. Disseram-me que o rei Flávius tinha morrido. Que a princesa Hara tinha regressado no dia seguinte à partida da expedição, mas um pouco mais envelhecida, e que. Ela própria contou-me que passou anos lá.
Espera! Então podias ter regressado a Principal. – Disse mayNard
– Sim, podia... mas eu e os meus homens decidimos ficar aqui. Este era o nosso império. Regras muito diferentes do reino oGamus. Hara permitiu às nossas famílias migrar para cá.
Sei que durante o reinado dela, muita coisa mudou. O reino dela passou a império, pacífico e muito diferente do antigo reino.
Alguns dos meus familiares quiseram continuar lá, mesmo sendo eu o imperador aqui. Não quiseram abandonar aquilo que construiram durante uma vida inteira.
Por isso eu monitorizava regularmente o império da Hara.
Está bem, coincide com a nossa versão. – Disse mayNard.
O império encontra-se sob uma anomalia espacial chamada “maldição demoníaca frontal”, abreviadamente m.d.f. – disse Durga.
Eu sei o que é um m.d.f.! E também sei que só podem ser provocados pelos próprios imperadores – respondeu McLopes.
Não é bem assim... mas sim, sei que este foi provocado pela imperatriz Hara – Respondeu Durga.
Falou com ela?
Não, eu tenho acesso a informação privilegiada – respondeu Durga..

(continua)