quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 7 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)

– Não. No entanto não precisa de se preocupar. Já todos nós a vimos sem roupa. – Disse o robot que chegou por último.
– Nenhum de nós usa roupa, por isso não nos ocorreu que precisasse, até que há cerca de duas horas pensei que sendo fisicamente uma réplica de um ser humano, poderia estar programada para ter os mesmos comportamentos. Foi então que fui à procura deste lençol.
NIA olhou para eles
-Já todos me viram nua?

Nave de batalha Esperança, suite da rainha Hara.
9H30min

Hara acordou tarde e bem diposta. Foi ao duche, vestiu-se e quando ia para o refeitório parou num corredor e recorrendo a um comunicador contactou Ótárius.
– Bom dia comandante. Como estão as coisas hoje?
– Sua majestade... Todo o 5º andar e toda a tripulação dessas cabines estão infectados com protanerabacter. Ao que parece uma versão diferente, resistente aos antibióticos que tínhamos.

– Todo o 5º andar? Como é que isso aconteceu?
– A primeira pessoa que notámos estar infectada foi o senhor Óxinol, mas depois percebemos que ele é apenas um. O subcomandante Pennus, e toda a tribulação com cabine nesse andar estão de quarentena. Estamos a desligar todas as unidades de processamento e computadores da vizinhança.
– Há perigo para as pessoas?
– Até agora, só têm sido afectados sistemas e tripulação com nanites imperiais.
– Mantém-me informada
– Sim majestade!
Hara desligou e continuou em rumo ao refeitório.

Planeta Cronus. Sector 44-12 ?
12H02min

Gonzalez recuperou a consciência. Estava em cima de uma maca. O seu uniforme estava intacto. Numa maca ao lado, estava Lagrange, com uma máscara sobre metade da face.
– Capitão! – chamou, em voz baixa.
– Sim cabo, finalmente acordaste. Não precisas de falar em voz baixa. Até agora, por aqui só vi robots. Daqueles que conseguem ouvir o som de um pelo a cair no chão. Tem só cuidado com o que dizes.

– Fomos atingidos por um míssil?
– Sim.
– Somos prisioneiros?
– Isto não se parece com nenhuma prisão que eu conheça, e supostamente até estão a tratar de nós.
– É seguro eu levantar-me?
– Pode até ser, mas pelo menos a mim, “desligaram-me as pernas”.
Gonzalez tentou mexer uma perna e não conseguiu.
– Céus! A mim também! Então somos mesmo prisioneiros?

– Não vamos tirar conclusões precipitadas.
– "Não vamos tirar conclusões precipitadas"? Está a brincar senhor?

(continua)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 6 )

por Matemaníaco
Continua (daqui)

Nave de batalha Esperança, centro médico.
Terceiro dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 04H00min

O senhor Óxinol continua intoxicado. Com protanerabacter no organismo não temos forma de o por sóbrio com nanites. -Disse a dra Johan Taylor
E sem nanites?- Perguntou o tenente Han, segurança na Esperança
– Há dois mil e quinhentos anos que não se usa outra coisa para isto. Estivemos a ver o código fonte do programa usado pelas nanites mas ainda não está completamente percebido.
– Mantenha-o afastado de equipamento bio-electrónico que possa estar ligado à nossa rede central.
– Sim, não precisa de lembrar-nos disso. Vamos ter de o manter de quarentena e a antibióticos.
– Antibióticos?
– Também já não se usavam há milénios também. São substancias químicas que matam certos microorganismos. Por ordem real, tivemos de investigar forma de nos livrarmos destas bactérias.
– Elas não desapareciam sozinhas do organismo de uma pessoa?
– Sim, desaparecem, mas levam o seu tempo. E se tiver uma certa quantidade delas, só saem se forem obrigadas... O sr. Óxinol passou ultrapassou largamente esse número.
– Precisamos de saber com que objectivo! Embora o protocolo nos mande deixar a cabine dele de quarentena, eu quero perguntar se há forma de esterilizar todos os sítios por onde ele andou. Não preciso de lembrar-lhe que esta é a única Nave de Batalha com circuitos biológicos integrados e com nanites a fazer interface entre circuitos de diferentes naturezas.
– Do nosso tempo.
– Sim, do nosso tempo.

Nisto, chega uma mensagem ao auscultador de Han.
«Tenente, temos de evacuar o piso -5! Há protanerabacter espalhada por todo o piso e os circuitos neurológicos deste piso estão afectados!»
– Bom doutora Johan, parece que estamos no pior cenário possível. O andar da cabine do senhor Óxinol está contaminado. Vou ter de ir, e não sei se não teremos de lhe enviar mais pessoas para a quarentena.
– Como é que é isto é possível? Os scanners não funcionaram?
– Tenho mesmo de ir. Falamos depois.
O Tenente Han afastou-se a correr em direcção a um dos elevadores

Planeta Cronus. Sector 44-12 ?
Dia Presente: Terceiro dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 9h30min
NIA acordou completamente nua debaixo de um lençol, em cima de uma maca.
Era estranho acordar num corpo.
Olhou para o lado e viu nove protoformes humanoides inanimados deitados em macas.
Os protoformes são robots antes de receberem a sua IA, e de terem o seu aspecto físico final moldado.
“David...” - Pensou - “Onde estás?”
Mas não tinha resposta na sua mente. Estar sozinha também era novo para NIA.
Levantou-se, e cobriu-se com o lençol. Seguiu até um espelho junto à porta e olhou para o seu reflexo. Era fisicamente uma mulher humana... mas por dentro devia ser robot.
“Ele tinha razão. Eu sou bonita...” - pensou .
A admirar o seu novo corpo?-Perguntou uma robot que acabara de atravessar a porta..
Porque me fizeram isto?- Perguntou NIA.
O som da sua voz pareceu-lhe estranho.
A minha voz. Deve ter sido ma processada.
Não se preocupe. Toda a gente a ouve com a voz que tinha quando era uma simples IA-Disse um outro robot que tinha acabado de atravessar a porta.
– Se olhar à sua volta, verá que somos todos seres artificiais providos de IAs.
– Onde está o David?
– Está assustada. Acalme-se.
– Assustada, eu? Porque é que vocês não me respondem?
– Porque não temos as respostas.
– Como não têm respostas? Vocês extraíram a minha IA do corpo dele!
– Foram robots, dos nossos, mas não fomos nós. Nós aqui somos apenas médicos de IAs e seres artificiais. Não nos cabe a nós tomar decisões, nem ter conhecimento de coisas dessa natureza.

(continua)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 5 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)


Nave de batalha Esperança, cabine do subcomandante Pennus.

Dia Presente: segundo dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 24h50min

Pennus tentou várias vezes voltar a contactar NIA, mas não conseguiu.
"Isto não pode ser bom sinal."-pensou.
-Computador...Esquece. Estou cansado e já não estou em condições de pensar. Liga-me ao comandante Otárius.
"A estabelecer contacto..."
"Estabelecido"
-Comandante, estou há 20 minutos a tentar contactar a IA do capitão, mas não tenho resposta.
-Isso não é bom sinal.
-Estou cansado capitão. Peço para abandonar o serviço alguns minutos mais cedo e descansar. Não estou em condições de estar ao serviço.
-Está bem, está dispensado subcomandante.
-Obrigado meu capitão!
Penus esticou-se na cama se fechou os olhos.
Otárius, na ponte de comando estava sentado frente a um ecrã que mostrava o mapa supostamente conhecido do sector onde as simulações indicavam ter sido o ponto de origem do tal míssil.
-Isto não é trabalho para nós... Pennus tem razão, precisamos do Serguei e da equipa dele.
-Se me permite Comandante...
-Sim? Diga senhor Kim.
-Esta nave de batalha não é uma nave de batalha normal. Podemos activar a camuflagem, sobrevoar e scanear esses sectores.
-Sim senhor Kim... Ja Kim não é?
 Kim acenou afirmativamente com a cabeça.
-O problema é que podemos ter ali tecnologia 200 anos à frente do nosso tempo, por mais truques que tenhamos, somos a residencia oficial da rainha e não somos invulneráveis. Precisamos de informações.
 Neste momento a nossa tecnologia de espionagem vale zero!

Planeta Cronus. Sector 44-12 ?.
Dia Presente: segundo dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 25h30min

Lagrange acordou mais uma vez numa enfermaria, mas nesta, todos os médicos e enfermeiros eram robots.
Na cama ao lado estava o cabo Gonzalez a ser tratado por outra equipa de robots.
"NIA?" - Pensou Lagrange... mas NIA não respondeu.
"...Está bem, eu mudei o comando. Estás aí NIA?"- NIA continuava a não responder.
-Sabemos que consegue ouvir-nos - Disse um dos robots. - Extraímos a sua IA e estamos a repará-lo.
-Extraíram a minha IA?
-Não vale a pena tentar mover-se. Até acabarmos não conseguirá mexer outra coisa a não ser a boca.
 Sim, extraímos, mas as suas nanites vão continuar consigo com outro tipo de interface.
-Quem são vocês?
-Somos as pessoas que estão a tratá-lo.
-Pessoas? Sem querer ofender, vocês são robots.
-E um robot não pode ser uma pessoa?
Lagrange calou-se por uns segundos.
-Está bem, peço desculpa. Não volto a cometer esse erro... Sabe... eu preciso de saber o que é vão fazer com a NIA. Eu gostava de a ter de volta na minha mente.
-Se ela estiver de acordo, voltará a tê-la na sua mente e a monitorizar as suas nanites.
-Faz ideia de porque é que o nosso caça foi antingido?
-A função aqui da minha equipa é tratá-lo. Alguém depois falará consigo sobre isso. Agora vamos fazê-lo descansar mais um pouco.
De repente Lagrange adormeceu.

Noutro sítio, outra equipa de robots estava a trabalhar um corpo feminino.
Ela acordou.
-Olá NIA. Bem vinda à vida..
NIA piscou os olhos. Abriu e fechou a boca, mas sem sair um som.
-Utilizámos o seu avatar para modelar o seu corpo a partir de um protoforme. O seu software está a ser actualizado para que aprenda a usar o seu novo corpo.

Nave de batalha Esperança, bar.
Terceiro dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 00h48min
Óxinol já estava bem bêbado, quando chegou um dos seus seguranças para o levar.
-Hic! Vá não sejas chato... eu só quero mais um sumo de pota * hic protanera.
-Vocês servem isso aqui? Isso é proibido nesta nave por ordem! - Disse o segurança para o barman.
-Nós não temos nada disso aqui.
-Dado o estado dele, eu tenho de discordar, ele consumiu algum derivado de protanera sim. Vou levar o sr. Óxinol e depois sou obrigado a reportar o acontecido.
O segurança saiu com Óxinol sobre o ombro a ouvir insultos.
-Estás parvo? Que deste ao senhor Óxinol?-Perguntou um dos barmans ao que estava a servir o senhor Óxinol.
-Só o habitual, o cocktail número 23.
-O 23 nem é alcoólico!
-Sim, eu sei. Ele deve ter misturado qualquer coisa que trouxe com ele.
-Temos de guardar os copo dele para quando chegarem os guardas.
-Temos?
-Não fazes mesmo a mínima ideia dos problemas que podemos arranjar se alguma das nossas bebidas contiver algum derivado de protanera.

(continua

domingo, 28 de outubro de 2012

Histórias dos Impérios da TASCA - Volume 1
I - Casado com a ex-concubina preferida do Imperador.


por Matemaniaco 

Naquele dia, Solo acordou sobressaltado do seu pesadelo.
Há já vários dias que sonhava com a sua morte às mãos do Imperador, que ficava assim com o caminho aberto para avançar e reconquistar Troy.
"Eu jogo limpo e perdi...Ela nunca me perdoaria! És um excelente capitão." (ver isto)
Tinha-lhe dito o imperador alguns dias antes, e as palavras não saíam da mente de Solo.
Ao seu lado, Troy ainda dormia.
Solo sorriu, beijou Troy, foi a um duche rápido, vestiu a farda, tomou um toké, saiu de casa e correu para a estação de Hipercomboios de Galieo.
Chegando lá estava lá apenas mais uma pessoa sentada à espera do comboio.
-David! Que fazes aqui tão cedo?
-Vivas Bat, meu cabrão! Isso pergunto-te eu.
-Eu acordei mais cedo e decidi vir arejar.
-Arejar fardado e sem Ítaca? Homem, estás mesmo mal!
-Então e tu? Com um mulherão daqueles e estás aqui sozinho?
-Sabes que, a minha ligação com a minha esposa é única neste universo. Que se passa amigo?
-Isto de estar casado com uma ex-concubina do Imperador...
-Capitão Solo, vais me dizer que ainda andas com esses problemas? Foi contigo que ela casou! É só contigo que ela dorme! Pareces um adolescente pá! Tens motivos para duvidar dela?
-Dela?Nenhuns!
-O imperador tem um harém, ele quer lá saber da Ítaca!
-Já foi a concubina preferida dele!
-Sim, já. Mas isso está no passado! Em vez de estar aqui devias estar em casa a falar com... Quero lá saber de falar, devias estar lá a fazer amor com a tua mulher!
-Eu preciso mesmo de arejar.
-Fardado?
Nisto chega o Hipercomboio.
Solo e David Lagrange entram numa carruagem, e sentam-se frente um ao outro.
-Solo, eu conheço pessoalmente o imperador. Ele considera Ítaca uma amiga e não tem qualquer outro interesse nela. Aliás, ele trata-a por Troy!
-Sim, eu sei. Ela mesmo já me disse isso. Não quero voltar a tocar no assunto com ela.
-E então? Não chega?
-Está bem, olha para ti. Toda a vida foste um mulherengo do pior tipo que há. Diz-me que de vez em quando não te apetece voltar à tua velha vida.
-Pá... Se eu não tivesse muito bem servido, nem a tua mulher me escapava!
-É exactamente esse o meu problema! O homem mais poderoso do império não está "bem servido".
-Ups. Eu realmente devia devia pensar antes de abrir a boca...
 Como não está bem servido com aquele harém de mulheres de todo o universo escolhidas a dedo para ele?

-Tenta alguma coisa com Ítaca e podes perder alguma coisa que te faz falta!
-Não te preocupes querido. Eu não me metia com Lagrange nem por ordem do imperador! -Diz Troy que acabava chegar ao pé deles.

Troy senta-se ao lado de Solo e agarra-lhe na mão.
-Eu adoro ver o meu homem fardado!
-Olá Troy.
-Olá amorzinho.

-TTTu sabias que ela ia aparecer?-Pergunta Lagrange a Solo
-Claro que sim. Se eu não conhecesse a minha minha mulher que tipo de marido seria eu?
-Um capitão da guarda que casou com uma concubina do imperador?-Respondeu Lagrange.
-Ex-concubina! Actual conselheira e governadora de Galileo. - Corrigiu Troy
De repente o Hipercomboio para.
-Eu vou ficar aqui. Gostei de rever-vos.
Lagrange saiu. Lá fora, à sua espera estava uma NIA de carne e osso.
Olhando pela janela Troy diz a Solo
-Aquela mulher é lindíssima.
-É muita areia para a carroça dele. Nunca o vi manter um par por mais de duas semanas...
-As pessoas mudam. Ele já está com ela há vários anos!
-E eu devo acreditar que ele tem sido fiel?
-Eu sei que tem sido...

O hipercomboio volta a andar...
-Como podes saber disso?
-É informação secreta! Agora diz-me.. voltaste a ter o pesadelo?
-Sim, voltei.
-Estive a pensar. Se for preciso abandonamos os nossos cargos e saímos deste império.
-Mas Troy... tu adoras o que fazes.
-O imperador é meu amigo... mas no fundo sei que ele sente algo por mim. Não quero sujeitar-te a perigos evitáveis.
-Eu no mês passado ofereci-me para uma missão de exploração espacial. Ele recusou.
"Solo, se não fosses casado com Troy talvez, e só talvez te deixavasse partir."
"Solo, justamente por seres o melhor para Troy é que não te deixo partir, pelo menos, sem ela.", disse-me.
-Mesmo assim continuas a ter pesadelos.
-Achas que vão passar se sairmos daqui?
-Não sei. Ele é um homem poderoso, e tenta ser justo. Só que ordena frotas de ataque saquear outros mundos onde os imperadores não se importam com a população, está envolvido em missões de ataque conjuntos planeados pela TASCA. É difícil não temer um homem com essas características. Por outro lado, ele não suportaria ver-me chorar, por isso não te vai expor a perigos desnecessários.
-Eu sou capitão da guarda pessoal dele!
-Portanto, ele também confia em ti e não tem interesse em trair essa confiança.
-Só que...eu sou substituível.
-Eu sei. Podemos sempre ir para o império do teu antigo mentor, o Tasqueiro BoinaVerde.
-O que é que tu farias lá?
-Com o meu curriculo, eu arranjo qualquer coisa.
-Sim, mas concubinato, agora... só para mim.
Solo agarra e beija Troy.

sábado, 27 de outubro de 2012

Sobre as aventuras de Capitão Lagrange


Olá a todos.
Em primeiro lugar, obrigado por passarem pelo blog de vez em quando.
São vocês o motor deste Blog.

Sou o Matemaníaco, entre muitas outras coisas, o autor de "As aventuras de Capitão Lagrange".
Embora tente publicar regularmente, isso nem sempre me é possível, e por isso peço-vos desculpas.

Também peço-vos desculpas por algumas gralhas no português, e às vezes por alguma confusão no texto,
Por vezes ao colar o texto aqui no blog perdem-se quebras de linha e formatações.
E às vezes, alguns dias depois de ter o texto já escrito e publicado no blog, volto a rever o texto, mais por uma questão de construcção gramatical e ortografia do que para mudar a história.

Falando de ortografia, eu gosto de português do Brasil e de português de Portugal.
Sendo eu português, tento escrever sempre em português de Portugal correcto, (mas por vezes escapa alguma coisa).

No texto "As aventuras de Capitão Lagrange" não vou respeitar o tal de "acordo ortográfico".
Aliás, oponho-me a ele por vários motivos, mas não vou maçar-vos com os detalhes.

Até agora, os leitores, na sua maioria vindos do oGame não têm feito comentários a nada do que tem sido escrito neste blog,peço-vos que não se acanhem, mas evitem comentários ao português, pois eventualmente será corrigido.

Aos membros da TASCA, quero lembrar que têm acesso a um pdf (com password) com toda a história até agora na minha skydrive, o link está na página interna da TASCA.


Sendo eu um matemático desempregado, também peço-vos que passem os olhos pela publicidade, e se tiverem curiosidade, que cliquem mesmo nela de vez em quando.

Já agora, e antes de continuar a história, para quem está a seguir a história, diga de sua excelência aqui nos comentários do blog, quem está por detrás do missil que atingiu caça, e que
"variações de energia" motivaram aquela missão em primeiro lugar?
(Se ninguém está a seguir, posso sempre guardar o resto da história para mim...)

As aventuras de Capitão Lagrange regressam na próxima segunda feira, pelas 0:00
No entanto, não significa que não sejam publicadas outras coisas até lá.

TASCA, 27 de Outubro de 2012DC

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange
- Capítulo 3 : Os outros ( parte 4 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)


Planeta Cronos, Sector 45-12

Dia Presente: segundo dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 24h12min

Por entre os destroços do caça estavam dois salva-vidas destruídos, e os dois tripulantes no chão, em muito mau estado. Gonzalez ainda tinha metade de um salvavidas sobre ele.
Lagrange tinha a cara esfolada.
NIA tentava, sem sucesso aceder à mente de Lagrange, quando recebe um sinal fraco... era uma comunicação do subcomandante Pennus.
Centro de comando astral chama NIA”
“Daqui NIA. O capitão Lagrange está inconsciente, mas aparentemente estável e perdi o controlo sobre 87% das nanites...”
“E o cabo Gonzalez, como está?”
“Lamento, só consigo monitorizar o ser humano onde eu estou instalada.”
“Peço desculpa. É a primeira IA inserida num humano com quem contacto, nem sabia que isso era possível”.
“Deixemos as apresentações para depois, quando chega a equipa de socorros? Eu não gosto de ver Lagrange inconsciente.”
“Pois. Peço desculpa... Não há equipas de socorro até percebermos o que se passou.”
“Fomos atingidos por um míssil”.
“Como sabe?”
“Faz parte das minhas funções proteger o meu hospedeiro. Algumas das nanites estiveram a monitorizar a gravação da caixa negra, mesmo estando a minha consciência desligada.”
“Sabe de onde veio o missil?”
“Lamento, apenas sei que saiu de um lançador de misseis terrestre.”
“O salvamento aéreo está fora de questão até sabermos que armamento está instalado nessa zona, e por quem. É a primeira vez que há incidentes nessa zona.”
“Compreendo. Farei o que puder para conseguir acordar o capitão”


Cratera , Planeta Cronos-Tenda da sábia

Dia Presente: 24H17min

A sábia deixou de ler o blog.
-Mais uma vez, o desmaios safou-se- disse sorrindo.
-Maria isso foi para mim?- Perguntou Ambrósio.
-Não meu caro amigo, não!
Sabes, as pessoas podem matar só para ter acesso a isto que aqui tens. A rainha tem lá em cima centenas de bases de dados  interligadas de várias épocas... mas este blog com mais de 10000 anos conta detalhadamente tudo o que se está a passar, e neste momento só eu e tu sabemos disso.
-Como chegou a esse blog?
-Isso, meu amigo... conto outro dia.
A sábia sai do quarto e Ambrósio desliga-se.
Entretanto, Spectrum estava a limpar o quarto ao lado, onde tinha ficado Lagrange nos seus dias como programador ajudante da sábia. Spectrum ficou com a conversa toda gravada.

Ponte de comando, da Nave de Batalha Esperança.
Dia Presente: 24H20min


Pennus entra naponte de comando.
De acordo com informações que acabei de receber nosso caça foi mesmo atingido por um míssil. Vamos precisar de enviar para lá as nossas forças especiais.
-Senhor, não há portais de salto terrestre num raio de 100Km.-Disse um dos homens.
-Liguem-me ao Agente Serguei PeNaCov, e assim que conseguirem contacto passem para as minhas nanites.

Pennus voltou a sair.
Ao atravessar a porta encontrou Otárius.
-Comandante! Tenho notícias!
-Finalmente!
-Confirmei o que sugeriam as simulações. O nosso caça foi mesmo atingido por um míssil. O capitão está vivo mas inconsciente, e continuamos sem saber nada sobre o cabo.
-Como arranjou essas informações?
-Contactei NIA, a IA que vive nas nanites do capitão.
-Bem pensado. Não vou perguntar como obtiveste o contacto, só peço que não divulgues a existência dessa IA a ninguém.
-Não se preocupe senhor.
-Já falaste com os nossos homens em terra?
-Optei por pedir a equipa especial. Mas ainda não obtive contacto.
-Vai me mantendo informado.
-Sim comandante.
-Outra coisa, eu sei que o teu turno acaba às 25horas. Peço-te que não passes o caso a mais ninguém e mantém este assunto só comigo.
-Senhor eu contactei a sábia a partir da minha cabine. Foi ela que me me deu o contacto da NIA.
-A sábia não conta...

Planeta Cronos, Sector 45-12

Dia Presente: 24H27min


Um cargueiro pequeno aproxima-se dos destroços do caça e aterra perto. De lá saem vários robots que recolhem os destroços e os homens.
NIA, detecta que Lagrange está a ser movido e envia uma nanocomunicação (comunicação por voz para nanites) para Pennus.
“Subcomandante. Alguma coisa está a mover o corpo do capitão. Não acredito que seja alguma equipa das nossas.”
Pennus não respondeu.
Um dos robots detectando a comunicação de NIA, aproximou-se de Lagrange, apontou-lhe uma estranha arma.
A arma disparou, e desligou NIA.
Os robots limparam todos os vestígios, e entraram no cargueiro, que levantou voo.

(continua)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange
- Capítulo 3 : Os outros ( parte 3 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)

Ponte de comando, da Nave de Batalha Esperança.
Dia Presente: segundo dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 20h03min

Otárius entra na ponte.
-Meus senhores, relatórios actualizados se fazem favor.

-
Ainda não sabemos nada do cruzador perdido senhor.
- Continuamos sem conseguir contacto nem com as nanites do capitão Lagrange.
- Já viram os dados dos nossos sensores?
- Já senhor. Com alguma interpolação, alguma extrapolação e os dados presentes as nossas simulações sugerem que o caça foi atingido por um projéctil explosivo, que aparentemente partiu do sector 44- 12.
-O quê? -
Otárius olhou para o mapa e continuou -Mas não é suposto haver nada naqueles sectores!
As vossas simulações já dizem alguma coisa sobre a variação de energia que nos fez mandá-los lá em primeiro lugar?
-Não... ainda estamos a discutir hipóteses.
-Despachem-se com isso. Já perdemos uma nave e dois homens, eu não vou enviar mais ninguém para lá até ter uma ideia do que aconteceu, e não quero dizer à rainha no dia do seu aniversário que perdemos o seu amigo.
Eu vou agora para a festa. Quando eu voltar quero notícias, sejam elas quais for!
Pennus, contacta-me assim que souberem qualquer coisa.
 -Sim senhor!
Otárius saiu.
Pennus olhou para os homens e mulheres no centro de comando, sem saber o que fazer.


Cratera , Planeta Cronos-Tenda da sábia
Dia Presente: segundo dia do terceiro mês do ano 1 [Data Cronos]. 22h05min

Spectrum arrumava nanites, quando o comunicador tocou. A sábia aproximou-se.
-Da Esperança? Que me querem estes a esta hora?
Atendeu a chamada.
-Boa tarde senhora Maria, precisamos da sua ajuda.
-Senhora é a sua mãe. Chame-me só Maria subcomandante... com quem estou a falar?
-Subcomandante Jack Pennus, da nave de batalha esperança. Perdemos o contacto com um caça comandado pelo seu recente inquilino David Lagrange, não o conseguimos contactar nem por nanites. Pode ajudar-nos de alguma forma?
-Dê-me alguns segundos senhor Pennus.

A sábia fechou os olhos e quando os abriu disse:
-Frequência subespacial NIA-A23486FR3-063454GARE-2096N, se conseguir entrar em contacto com ela, ela pode ajudá-lo.
-Quem é essa “ela”?
-NIA, uma
inteligência artificial que vive nas nanites dele, mas, não divulgue a informação... use-a para encontrar o vosso homem.
-Obrigado pela ajuda.

Comunicação desligada.
A sábia virou-se para o Spectrum e pediu:
-Apaga todo e qualquer registo desta comunicação.
Depois, afastou-se em direcção ao seu quarto, ligou um computador velho com aspecto antigo.
-Ambrósio apetece-me algo.
Ao que o computador responde com uma voz metalizada.
-Tomei a liberdade de pensar nisso.
-Não não, nada disso Ambrósio! Quero que me procures e traduzas um blog dos meus arquivos da Terra original. Arquivo de há cerca de dez mil anos, blog intitulado “A TASCA no Universo 25”.
-A procurar senhora... Encontrado!
-Agora está calado porque eu vou ler.


(continua)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Num congresso internacional de medicina.

Partilhado por Durga

O médico alemão diz:
Na Alemanha, fazemos transplantes de dedo. Em 4 semanas o paciente
está procurando emprego.


O médico espanhol afirma:
A medicina espanhola é tão avançada que conseguimos fazer um
transplante de cérebro. Em 6 semanas o paciente está procurando
emprego.


O médico russo diz:
Fazemos um transplante de peito. Em 1 semana o camarada pode procurar emprego.


O médico grego disse:
Temos um trabalho de recuperação de bêbados. Em 15 dias o indivíduo
pode procurar emprego.


O médico português diz orgulhoso:
Isso não é nada! Em Portugal, nós arranjamos um homem sem cérebro,
sem consciência, sem peito, mentiroso, corrupto, e elegêmo-lo primeiro
ministro.

Em 6 meses o país inteiro está quase todo à procura de emprego.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 2 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)

“A contactar, espere... beeep”
Lagrange esperava impacientemente.
Passado um minuto o computador diz:
“De momento a Dra Boavida não está disponível.”
-Obrigado na mesma”
Lagrange olhou para o cacifo mal fechado. Numa das estantes estava um tablet, com uma cópia de “O império de may”.
“Hara, para que raios queres que eu leia isso? Nunca fui homem de ler.”
Lagrange levantou-se, foi buscar o tablet e voltou para a cama.
“Será que ainda não existe isto em filme?”- Pensou.
De repente o computador avisa:
“Comunicação a chegar. Glorie L. Boavida. Atender?”
-”Sim!”
-David? Tentaste contactar-me?
-Sim, Glorie, tentei. Eu estou com um problema sério com a minha NIA.
-Que tipo de problema?
-Eu, beijei-a. Ela beijou-me de volta, chateou-se comigo e desligou-se...
-A sério? Tu fizeste mesmo isso? Isso costuma funcionar com as tuas conquistas?
-Funcionou em cerca de um terço delas.
-Tu tens isso contabilizado? Não acredito!
-É o que acontece quando se serve muito tempo o Imperador Matemaniaco.
-Não é nada que eu não esperasse de ti. Ela deve ter activado um protocolo de protecção de 6 horas. Durante 6 horas não a conseguirás ligar. Trata-a como uma pessoa, não como um objecto.
-Ela não deve ser a mulher da minha vida, visto que tu existes. A tua bisavó é humana certo?
-Sim, é.
-Não me podes dizer quem é?
-Nada de atalhos. Descobre por ti mesmo.
-Porque foram dar personalidades completas a IAs?
-No meu tempo, os últimos 50 anos as IAs “de personalidades completas”, como tu chamas, preservaram a sanidade mental de muita gente, e foram indirectamente responsáveis pela redução de doenças e criminalidade nos mundos onde foram usadas.
-E contra-indicações? Por exemplo, um esquizofrénico...
-Não te preocupes com isso. Preocupa-te contigo! Se voltas a armar-te em conquistadorzeco a tua NIA pode até reduzir-te o tamanho da tua masculinidade.
-O que queres dizer com isso?
-Quero dizer que a NIA é para ser bem tratada e respeitada.
-Pois, a sábia já me tinha dito isso.
-E mesmo assim tu...
-Caramba, puseram-me um mulherão à minha mente e eu sou obrigado a negar os meus instintos mais básicos?
-Tem juizo David. Ela pode estar na tua mente mas ela é realmente apenas um software altamente sofisticado a correr em nanites. Tudo nela é fabricado.
-Eu não consigo deixar de pensar nela como mulher...
-Podes até usá-la como teu brinquedo, mas isso vai ter um preço bem alto, que eu garanto que não vais querer pagar.
-Porque me deste uma coisa assim?
-Porque tu precisas.
-Posso viver sem estas nanites?
-Não. Tu não fazes ideia do estado em que estavas quando chegaste cá. A injecção que te dei no hospital não foi a única. Levaste dezenas de injecções de nanites para te reconstruir o corpo todo.
Nanites que podiam ter sido usadas noutras pessoas. A IA que tens instalada tem como principal função a manutenção das nanites e do teu organismo.
A NIA, foi criada assim que activaste o tutorial,e é um upgrade à IA que já estava instalada. O downgrade é impossível.
Por outro lado a NIA é fundamental para detectar desvios na tua personalidade que possam ser sintomas de algum problema médico mais sério.
Trata-a dignamente.

-Ela pode fazer-me mal?
-Não te vou responder a isso. Achas que estás em situação de arriscar?
-Merda.
-Vá. Eu tenho pacientes para tratar. Volta a ligá-la quando for possível e não voltes a fazer outra.
-Tchau, e obrigado Glorie.
-Tchau David.

A comunicação foi desligada.
Lagrange pegou no tablet e passou horas a ler “O império de may”.
Por volta das 14h16m, Lagrange pousou o tablet.
- NIA. Liga-te.
“Sim David, que pretendes?”
“Conversar contigo.”
“Sobre?”
“Eu nunca tive uma IA na minha mente antes. Peço-te desculpa se estou a ser um imbecil”
“Eu também nunca estive na mente de ninguém. Aliás, até ter sido ligada nunca conheci ninguém, de espécie nenhuma. Nunca teres tido uma IA na tua mente antes não é desculpa.”
“Pois não, mas preciso mesmo de estar bem contigo.”
“Eu admito que gosto de ti, mas não nesse sentido. Incomoda-me o facto de teres tantas ex’s, e a forma como trataste várias delas. Eu sei tudo sobre ti, não te esqueças.”
“A primeira pessoa que sabe tudo sobre mim, não gosta de mim. Obrigado. Agora sinto-me mesmo miserável”
“Que te sirva de lição. Que andaste a fazer aos teus olhos? Precisam de tratamento especial.”
“Diz-me, a tua voz, a voz que eu ouço na minha mente, também foi sintetizada para mim?”
“Sim, foi. Também queres que eu a mude?”
“Não. É perfeita!”
“Estiveste a ler?”
“Sim, o império de may.”
“Pelos teus sinais vitais, eu sei que sentes que gostas mesmo de mim, e que só queres resolver isto de qualquer forma.”
“Sim. Nunca tive uma situação destas na vida.”
“Vamos manter-nos amigos?”
“Sim, por favor. Mas diz-me, porque me beijaste de volta?”
“Nunca tinha beijado ninguém. Foi o meu primeiro beijo. Foi uma experiência agradável, obrigado!”
“E não queres repetir?”
“Ficou gravado nos meus ficheiros. Posso repetir quando me apetecer”
“Esquece.”
“Não almoçaste. Precisas de comer.”
“Não me apetece!”
“Não faças birras! Vai comer!”
“A sério, eu estou bem.”

“Não, não estás não. Precisas de comer!”
“NIA desliga-te”
NIA desligou-se. Pegou no tablet, mas já não conseguia concentrar-se na leitura.
Guardou-no no cacifo. E foi em direcção ao bar.
-Uma “Estrela da Morte” se faz favor.
-Peço desculpa, não faço ideia do que seja.
-Então, uma vodka preta.
-Lamento, por cá só temos vodka normal.
-Que seja.

Ao fim de 5 copos de vodka normal, Lagrange sai do bar e a meio do corredor grita aborrecido.
-Merda de nanites, nem deixam um gajo embebedar-se como qualquer pessoa normal!
Alguns tripulantes olharam para ele.
Lagrange afastou-se em direcção à porta 2A.
“NIA liga-te”
“Que se passa David?”
“Lá em baixo, eu desliguei-te e pouco depois perdi a consciencia porque as nanites estavam desligadas. Cá em cima eu desliguei-te e a vodka continuou a não fazer efeito. Explica-me isso”

“Lá em baixo desligaste uma forma menos sofisticada de mim. Eu só fui criada quando ligaste o tutorial. Se me desligas a mim, não desligas as nanites.”
“Como é que eu posso desligar as nanites?”
“Se o queres fazer por causa de mim, não te digo. Mas prometo que não te incomodo.”
“Não consegues fazer isso... tu não sais da minha mente estejas tu ligada ou não.”
“Desculpa...”
“Preciso mesmo de saber como desligar as nanites.”
“Lamento, sem me dizeres porque queres desligar as nanites, não te posso dar essa informação!”
“Quero poder beber e sentir o efeito da bebida de vez em quando.”
“Razão válida. Um dia, digo-te como. Não hoje.”
“Não gosto dos comandos para ligar-te e desligar-te... posso mudá-los ?”
“Sim, podes, qual deve ser o novo comando para ligar-me?”
“NIA... Eu não gosto mesmo desse verbo. Para mim és uma pessoa! Muda isso para sei lá...«Estás aí NIA?»”
“Comando mudado. David, eu não posso alterar aquilo que eu sou.”
“Eu sei.”
“Qual deve ser o comando para desligar?”
“Tchau NIA”
“Comando mudado.”
“Tchau NIA”

NIA desligou-se.
De repente Lagrance ouve:
“Boa tarde capitão Lagrange. Está a receber uma nanocomunicação do comando astral. A sua missão é de reconhecimento. Deve seguir com o cabo Gonzalez no caça pesado A84 em direcção ao sector 45-12.
Foram detectadas estranhas variações de energia na zona, e os nossos sensores não conseguem analisar a região.
Deve comunicar e transmitir qualquer situação anómala.
O comando é seu.”
Lagrange atravessou a porta 2A, passou por um tunel transparente de energia, entrou no caça, vestiu o equipamento de voo e sentou-se ao lado do cabo Gonzalez.
-Boa tarde amigo. Vamos lá ao nosso passeio.
-Sim meu capitão.

O túnel foi desligado. Então a nave partiu a toda a velocidade para o sector 45-12.
Após uma hora, o local tinha sido todo sobrevoado duas vezes
- Variações de energia? Isto parece uma selva sem animais.
-Concordo senhor, aqui não parece haver nada. É estranho não se registar qualquer tipo de fauna.
-Também concordo.

De repente o caça é atingido por um míssil, e explode.

(Continua)

sábado, 20 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 1 )

por Matemaníaco
Continua (daqui)

“Um império construído rapidamente, é um império de corsários e ladrões! Treinem os nossos homens para a pirataria, porque eu tenho pressa!” - Disse o imperador.
Fernão Hopes , “O império de may”

Eram 5h59min e David Lagrange acabava de chegar fardado e preparado à porta do escritório do comandante.
NIA estava desligada há mais de doze horas.
“NIA, liga-te.”
“Bom dia Capitão Lagrange.”
“Chama-me David”
“Desculpa. Deixaste-me desligada, chamo-te o que me apetecer.”
“Estou prestes a apresentar-me ao comandante. Só queria dizer-te olá e pedir-te desculpa.”
“Já disseste, e já pediste.”
NIA desligou-se.
A porta abriu-se e Lagrange entrou.
-Bom dia capitão Lagrange.
Pontualidade absoluta! Gosto disso num oficial!
-Sim senhor!
-Esteja à vontade. Viu toda a documentação que lhe foi mandada?
-Sim senhor!
-Importa-se de me dizer qual a nossa frota actual, sem recorrer às suas nanites?
-Uma nave de batalha, cinco cargueiros pequenos. Dez caças pesados e três caças pequenos.
-Quem comanda o Aristóteles?
-Aristóteles, cargueiro pequeno modificado com dispositivo de camuflagem, é comandado pelo capitão Dimitroc Jovian.
-Está bem, fez o trabalho de casa. Neste momento temos, um hangar nível 2 lá em baixo em Cronos. Em breve a nossa frota aumentará.
Como temos falta de homens, as naves serão totalmente automatizadas ou pilotadas por robots. No entanto, a rainha quer um grupo de naves comandadas por humanos.
O primeiro cruzador que produzirmos será teu.
Até lá acompanharás várias das nossas missões. Não te preocupes, não serás um turista. Vamos manter-te com trabalho sério.
Às 15 horas acoplará um caça pesado que te levará à superfície para a tua primeira missão. Receberás os detalhes na hora, por nanites.
E sê bem vindo a esta frota astral!
-Obrigado senhor.
-Ainda não tomei o pequeno almoço. Acompanhas-me?
-Obrigado pelo convite. Aceito sim senhor.
-Vamos deixar-nos de formalidades. Antes de chegarmos cá, a sua patente astral era de comandante, tal como a minha. A única coisa que nos distingue, é que servíamos senhores diferentes, tu estiveste um ano em coma e eu tenho mais 5 anos de experiência que tu.
-E eu venho de um ponto mais à frente no tempo.
-Em 10 anos o nosso universo alterou-se assim tanto? Vamos até ao refeitório. Conversamos pelo caminho.
-Nem por isso. Reinos passaram a impérios, impérios desapareceram... nada que não seja habitual há centenas de anos. A propósito... A contagem do tempo aqui, como se faz? Não faz sentido usarmos uma contagem do universo de onde viemos. Aqui há gente de várias alturas do espaço tempo.
-Dentro desta nave, continuamos a usar o calendário em vigor no reino oGamus, mas estabelecemos um novo calendário hoje à noite.
-Porquê hoje?
-Porque hoje, no nosso universo seria o aniversário da rainha Hara. Foi proposto pelos nossos cientistas.
-Como funciona?
-Foi escolhido um ponto de referência no tempo e os anos começarão a contar-se a partir de lá.
-E que ponto é esse?
-A data do primeiro registo de população feito por cá.
-Conseguiram registar toda a gente?
-Claro que não... e não sabemos nada de mais de metade da população. Registados só temos pouco mais de 2300, e de momento não podemos censurar quem não quis se registar. Não temos forma de garantir a segurança a toda a gente lá em baixo. Homens como nós são muito raros por aqui. A maioria dos comandantes morre ao chegar cá. Eu próprio readquiri a minha patente porque o comandante Jamaica, comandante desta nave morreu, e o nosso subcomandante, 2º na linha de comando teve azar numa missão em que supomos a nave onde ele estava saltou, e ninguém sabe para onde.
Mas mais raros que nós ainda são seguranças, e forças militares terrestres, e sem esses homens, não conseguimos manter a segurança lá em baixo.
-O comandante disse”readquiri”?
-Eu tive uns problemas com um almirante, e ele pôs-me na prisão por 2 meses, com redução de patente.
-Epa, isso é algo que eu gostaria de ouvir!
-Chegámos ao refeitório. Segue-me, temos prioridade.
Passaram à frente de uma fila de 20 pessoas.
-Bom dia senhor, o que é que vai tomar?
O comandante vira-se para Lagrange e pergunta-lhe:
-O que é que vais tomar?
-Um café com leite e uma sandes de bangue.
-O habitual para mim, um café com leite e uma sandes de bangue aqui para o capitão.
-Podem ir para a mesa. Já vos levo o pequeno almoço.
-Obrigado José.

Lagrange seguiu o capitão e sentaram-se numa mesa à janela. Via-se perfeitamente o planeta, e o enorme campo de destroços.
-Um campo tão grande não devia dar origem a lua?
-Os nossos computadores dizem que sim, mas nunca conseguimos a opinião de um astrofísico.
-Deixe-me adivinhar, também são raros!
-Sim, mas a rainha já conseguiu recrutar quatro que estão a estudar o caso a partir daqui, da esperança. Bom agora, diz-me tu, o que é que achas disto tudo?
-Para mim, é tudo novo. Desde ter nanites, a cicatrizes em várias partes do corpo... Até o meu... “instrumento” é novo! Depois este lugar, voltar a ser capitão, … Isto é algo que não acontece a ninguém! Nem na melhor ficção que temos! Sou um homem novo num lugar novo.
-A rainha disse-me que as suas nanites são de à volta de 2100CO, nanites a um nivel acima de 80?
-Sim, e não... não são nanites como as feitas nas nossas fábricas de nanites ou como as nanites imperiais habituais. Pelo que percebi são nanites desenvolvidas de raiz especificamente para seres humanos, pois parece que a partir de certa altura tornaram-se obrigatórias em todos os seres humanos para controlo de doenças.
-Estou a ver, e pelo que percebi, essas também têm uma IA?
-Sim... mas o senhor está muito bem informado!

-Não aceito ninguém com tecnologia ao meu serviço sem estar informado sobre ela.
-Boa filosofia. Sim, tenho uma IA, cujo avatar deve ser a mulher mais atraente que eu alguma vez conheci na vida. E está a dar comigo em doido ela não ser “real”.
-Ó David, há várias soluções para isso, mas a melhor que posso dar-te é que arranjes uma namorada real, e mantenhas a relação com a tua IA profissional.
-Eu já me disse isso algumas vezes... mas é ela que está literalmente sempre na minha mente. Optei por mantê-la desligada e usar um interface mais tradicional.
-Por mim, até podes casar com a tua IA, que não serás o primeiro a fazer isso. Só espero que essa relação não interfira negativamente no cumprimento das tuas obrigações para com a frota astral .
-Convenhamos que a ideia de ter uma IA com estas características e com personalidade completa em nanites não me parece ser a ideia mais feliz que vão ter num futuro próximo.
-Não sei, devem ter tido alguma boa razão para isso. Pode ser que a descubras.
Entretanto chegou o tal José com os pequenos almoços. Colocou-os na mesa.
-Cá está meus senhores. Tenham uma boa refeição.

E afastou-se,
-Vou ser honesto contigo. Gosto da tua sinceridade, do que vi da tua folha de serviço, invejo a tua IA, e não gosto que sejas amigo da rainha.
-Qual é o problema de eu ser amigo da rainha? Eu valho por mim mesmo. Não preciso de favores de ninguém!

-Sim, mas se não fosses amigo da rainha, hoje não estarias aqui. Só estarias aqui depois de teres te registado lá em baixo.
-Eu não sabia de nada disso.
-Não te preocupes, sei que não pediste nada disto. Eu reconheço um bom homem quando vejo um.
Assim que acabaram, saíram do refeitório e despediram-se um do outro:
-Gostei de te conhecer capitão Lagrange. Sempre que puderes, aparece.
-Igualmente comandante Otárius.

Lagrange voltou para a sua cabine. Deitou-se na cama e activou o programa tutorial nas suas nanites.
Na sua mente, Lagrange voltou à sala toda branca, onde estava sentado à frente de NIA.
Levantou-se, chegou à frente de NIA, agarrou-a e beijou-a... “à francesa”.
NIA a princípio não reagiu. Depois, correspondeu ao beijo.
“Foi por isto que não te liguei ontem. Desde que te conheço que não sais da minha mente.”
“Sim, mas, eu fui desenhada para ser assim!”
“Não é isso que eu quero dizer... quer dizer... se calhar até é. A verdade é que não quero saber. Estou doido por ti.”
“A sábia avisou que isto era má ideia.”
“Que se lixe a sábia. Preciso de saber, que sentes tu?”
“Sinto que estou confusa. Primeiro ignoras-me, depois de repente isto...”
“Está bem, eu já te pedi desculpas, e volto a pedir. Tu beijaste-me de volta!”
“Sim, beijei. Não te sei justificar porquê. Deve ser parte do meu programa.”
“Esquece o teu programa. Diz-me... porque te aborreceste por eu não ter-te ligado ontem?”
“Devo estar a precisar de manutenção.”
“Não precisas de manutenção nenhuma! Podes ser uma IA, mas és uma mulher, e sentes algo por mim!”
“Isso é muito presunçoso não te parece?”
“Faz uma análise de sistemas, mas eu quero voltar a beijar-te.”
“Eu não quero ser o teu software de fantasias eróticas”

NIA terminou o programa e desligou-se.
Lagrange acorda e olha para o relógio -screensaver no monitor na parede.
-8h00. Definitivamente uma IA nas minhas nanites foi uma péssima ideia.
Sentando-se à frente do monitor diz:
Computador, manda esta mensagem à rainha Hara: “Parabéns Hara”.
“Mensagem enviada”
-É possível contactar alguém à superfície do planeta?
“Negativo. As comunicações para o planeta requerem uma autorização E-alfa-aleph.”
-Onde arranjo isso?
“As autorizações E-alfa são emitidas pela IA central desta nave, automaticamente.”
-Óptimo, tenho de esperar que ela se lembre de mim!
“Um ele neste caso. Bom dia Capitão Lagrange, eu sou o IAC Esperança, a inteligência artificial central da nave Esperança. Precisa de uma autorização E-alfa-aleph? ”
-Sim, preciso de contactar a minha médica, Glorie Boavida.

(continua)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As Aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 2 : Encontro no espaço-tempo (última parte)

por Matemaníaco
(Continua daqui)

Bom, agora tenho de me apresentar ao comandante Otárius.”
“Ele está na ponte de comando.”
“Como é que sabes isso?”
“Assim que voltaste a ligar-me vi que tinha e continuo a ter acesso à IA da nave, e espreitei”
“Linda menina! Vê se descobres de onde veio o acesso...”
“A tua patente dá-me acesso a tudo. Com o pormenor de que eu sou uma IA mais sofisticada do que a desta nave.”
“Pois! A tua tecnologia é de que ano mesmo?
Esta nave deve ser de à volta de 2000CO, e de ser um protótipo da altura.”
“As nanites, são de 2096CO, a Nano IA é a versão pós 80 de 2100CO”.

“Portanto, és apenas uma NIA entre muitas! O que te distingue das outras? Tens algum nome para além de NIA?”
“O que me distingue é que sou tua. E a minha personalidade foi extrapolada a partir da tua mente, para te ser o mais agradável possível.”
“Isso preocupa-me... é que tirando o facto de não seres de carne e osso, não há nada em ti que eu não goste.”
“Mas pediste-me para mudar o cabelo.”
“Fica-te muito melhor como está agora. Gosto mais dele assim. O programa não deve ter apanhado tudo correctamente.”
“Eu não tenho outro nome para além de NIA.. Queres dar-me um?”
“Não tenho esse direito... escolhe tu um de que gostes, e depois dizes-me.”
“Está bem... mas em vez de estarmos aqui a tagarelar, não devias enviar uma mensagem a Otárius?”
“Podes mandá-la?”
“Posso, mas sugiro-te que te ponhas à frente de um comunicador, sejas scaneado, vistas a farda correspondente ao teu novo posto, que te vai ser fornecida, e só depois te apresentes ao comandante.”
“Está bem. Logo à noite, dá para abrires um ambiente virtual do género do tutorial, onde eu possa estar e conversar contigo?”
“Como assim?”
“Um ambiente onde meia hora no mundo real corresponda a 3 horas contigo.”
“Sim, posso. Que pretendes?”
“Nada... simplesmente conversar contigo, para evitar estar aqui parado nos corredores feito um totó a conversar contigo na minha mente”
“Oh... desculpa!”
“Estás desculpada. Não tens culpa de ser interessante. Vou desligar-te, está bem?”
“Está bem.”
“NIA off”
Lagrange seguiu as instrucções de NIA, e contactou a ponte de comando.
-Capitão Lagrange apresenta-se ao serviço.

-Seja bem vindo a bordo capitão. Daqui fala o Subcomandante Pennus. Apresente-se directamente ao comandante Otárius, amanhã pelas 6h00min no escritório A-01. Foi-lhe atribuída uma cabine com acesso à nossa rede interna da dados, e um email interno. Lá estão uma lista de protocolos a seguir dentro desta nave, e uma série de informações com que se deve familiarizar. Entendido?
-Entendido senhor.
A comunicação foi desligada.

Fim de capítulo
(Continua)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As Aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 2 : Encontro no espaço-tempo (parte 10)

por Matemaníaco
Continua (daqui)

Lagrange correu para os balneários, tomou um duche rápido, e ao por-se à frente do scanner, o computador dá-lhe uma farda de segurança, que ele rapidamente veste, e logo depois põe-se a correr pelos corredores para a porta 3.
“Foi um banho rápido, vais chegar a tempo, não precisas de correr”
“Obrigado NIA”
“Gostaste do balneário misto?”
“Estava vazio!”
“E qual é o problema disso? Ias só tomar um duche.”
“NIA, eu gosto de mulheres! Lindas, como tu, e se eu tiver oportunidade de as ver nuas, seja em que circunstancia for, melhor.”
“És tão... oco.”
“Sim, sou! E também quero ver-te nua.”
“A personalidade das pessoas não conta para ti?”
“NIA... és uma voz na minha cabeça. Raramente vejo o teu corpo e apesar de estares comigo só há alguns dias, gosto imenso de ti. Isso não te diz algo?”
“Incrível. Estás mesmo a falar a sério! Tu gostas mesmo de mim. Confirmei com os teus sinais vitais”
“Não podias só acreditar em mim, sem recorrer a tecnologia para me sondar?”
“Peço desculpa... obrigado pela parte que me toca. Mas não me vais ver nua!”
“Eu sei disso. Também achei que devias saber o que eu sinto.”
“Queres só ver mulheres nuas? Por exemplo a sábia é mulher!”
“Cruzes... Não distorças as coisas! Eu disse mulheres lindas!”
“A beleza está nos olhos de quem vê!”
“Já que consegues medir tudo em mim, aprende a fazer a distinção”
“Eu também gosto de estar aqui ligada contigo. Só que eu não tenho corpo. Sou apenas software a correr em nanites. Até a imagem que viste de mim foi fabricada. Eu não sou humana. Tecnicamente, não podes ver-me nua. ”
“Eu sei... podemos continuar a conversa depois?”
“Podemos conversar quando quiseres. Sabes disso.”
“Posso desligar-te por uns momentos?”
“Sim, podes. É seguro.”
“Não era isso que eu queria perguntar...ficas chateada?”
“Porque haveria eu de ficar chateada?”
“Está bem, desliga-te NIA.”
Lagrange chegou à porta 3, onde também estavam outras 3 pessoas. O scanner óptico não lhe levantou problemas.
A porta abriu-se, atravessaram um túnel invisível, gerado de forma análoga aos pequenos escudo planetários. Ao chegar ao outro lado, todos passaram por scanners ópticos.
“Hara, eu estou aqui, identificado como segurança da família oGamus”
Enviou Lagrange através das suas nanites, para Hara.
Hara, encontrava-se num salão, em reunião com vários cientistas e militares.
-Com licença minhas senhoras e meus senhores, eu já volto.
Hara afastou-se, pegou num comunicador e ligou para Otárius:
-Ele está aqui, é um dos meus seguranças. Faz com que chegue ao salão.
Em menos de um minuto, chegou um segurança ao pé de Lagrange e pediu que este o acompanhasse.
Lagrange acompanhou-o, e chegaram ao salão onde estava Hara.
-David!
Hara chegou ao pé dele e abraçou-o
Todos olharam para Hara.
-É um velho amigo!
-Tinhas mesmo de me chamar velho?- Sussurrou Lagrange.
-Estás mais velho...espero que mais maduro, e finalmente de pé.
-Agora vais explicar-me o que se passa aqui?
-Não, vou deixar isso para o comandante desta nave, tu, vem comigo.
Lagrange seguiu a rainha até à sala de refeições da rainha.
-Aqui ninguém nos ouve.
-Não me digas que não confias no pessoal que tens à tua volta nesta nave!
-David. Lembras-te da noite em que te falei das nanites imperiais?
-Não. Porquê.
-Foi a noite em que embarquei para aqui. Eu não vivi a tua história a partir desse dia.
-Espera lá... já me lembro. Tomaste uma piela e os teus seguranças afastaram-nos e levaram-te. Dizias que tinhas nanites e que no dia seguinte ias estar sóbria.
-Nesse dia eu embarquei nesta Nave de Batalha, e de forma que não deve ser muito diferente da tua, eu acabei aqui.
-Aqui, foste promovida a rainha.
-Longa história. A verdade é que preciso de ti.
-Tu também com essa história?
-Como assim?
-Quando acordei pela primeira vez, lá em baixo naquele destruidor, estava um tipo gordo de óculos...
-Sim, o senhor Óxinol. Afirma ser um cientista ao serviço da imperatriz Aivota, mas descobrimos que nos está a mentir e tem um passado bem obscuro. Tirando isso, por cá não o conseguimos ligar a nenhum crime, por isso fica com os cargos que tinha antes de descobrirmos isso, e só deixo atribuirem-lhe novos cargos quando ele conquistar a minha confiança.
-Aparentemente ele sabe muito sobre mim, e um suposto futuro eu.
-Sabe. A sábia ajudou-o no acesso à documentação. E foi ela que descobriu as informações sobre ele.
-São fidedignas?
-Demasiado.Tive mesmo de optar por uma política de protecção da informação, e recolher todas as bases de dados que encontramos nos destroços. Estão aqui nesta nave.
-Portanto o secretismo cá dentro, e fazer-me passar por segurança...
-Foi para não chamar a atenção de Óxinol.
-Mas não é um pouco exagerado? Bastaria demitires o homem!
-Preciso dele, por enquanto.
-Que raio de passado obscuro terá ele?
-De acordo com várias bases de dados, esteve envolvido numa tentativa de assassinato da tal imperatriz Aivota, numa tentativa de tornar o império numa democracia. Foi expulso do império e era para ser abandonado numa missão de exploração espacial, mas a missão acabou aqui.
-E ninguém o denunciou?É preciso ser louco para ainda acreditar nessa ideia ultrapassada de democracia.
-Não encontrámos mais sobreviventes daquela missão. Mas encontrámos sobreviventes de épocas anteriores que no garantem que ele é um homem respeitado.
-Desculpa o questionário... mas para que precisas dele?
-Para sairmos daqui vamos precisar dos recursos de um império, a investigar o que se passa aqqui. Todos os cientistas que tivermos são poucos. De todos os nossos sobreviventes ele é o único perito em tecnologia de energia.
-Estou a ver...
-Sabemos que existem muitos mais sobreviventes espalhados pelo planeta, e que muitos se recusam a juntar-se a nós.
-Porquê?
-Vamos mudar de assunto... Essas informações vão te ser transmitidas via nanites por mim.
-Nanites... ainda me estou a habituar a elas.
-Para construir um império, preciso de pessoas em quem eu possa confiar pessoalmente. Quero-te a comandar uma das minhas frotas. Começarás com a patente de capitão.
-Capitão? Mas eu sou comandante, isso é descida de posto!
-Comandante na frota de outro império. Aqui, capitão é quase o equivalente à tua patente, mas um pouco mais! Estarás entre homens muito mais experientes do que tu.
-Vais dizer-me que estás a fazer-me um favor?
-Não, que és das poucas pessoas em quem confio para o trabalho. Podes ser um traste, ter deixado metade das minhas amigas de rastos, mas tens um excelente currículo.
-Não tem nada a ver com o meu suposto futuro?
-Nunca quis saber dele . Sendo teu... as orgias descritas no “Império de may” devem ser consideradas contos infantis.
-”Império de may”? Não conheço.
- Eu faço com que te chegue um exemplar. Há lá boas sugestões para a construção de um império.
Acabei de dar a ordem via nanites. Já és capitão!
-”Capitão Lagrange”... outra vez. Bah!
- Apresenta-te ao comandante Otárius.
-Com esse nome, vou ter imensa confiança nele...
-Até à próxima Lagrange. Gostei de rever-te!
-Até à próxima. Fez-me impressão ver-te tão... nova.
Lagrange sai para o salão, onde é olhado por todos os presentes e diz:
-Não se preocupem... Ela gostou! Está só a recuperar o fôlego e já volta.
… e sai para o corredor.
“NIA liga-te.”
“Estou de volta.”
“Ela deu-me a patente de Capitão, e sabe-se lá o que vem a seguir!”
“Capitão Lagrange! Fica-te bem.. eu gosto!”

( Continua )

terça-feira, 16 de outubro de 2012

As Aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 2 : Encontro no espaço-tempo (parte 9)


por Matemaníaco
(Continua daqui)

Sabes o nome daquela estrela, NIA?
De acordo com as informações que me foram carregadas pela sábia não há nome oficial, chamam-lhe só Sol
Que mais informações te deu a sábia?”
“Não muito. Mapas recentes e localizações com nomes, e a identificação de algumas pessoas”
“Está bem... posso pedir-te uma coisa?”
“Pede.”
“Sei que foi o software que te deu essa forma física, baseada na minha mente... mas podes mudar a cor do cabelo? Eu preferia que fosse preto... ou castanho escuro.”
“Sim, posso. Faço-o quando adormeceres”
“Obrigado... sabes se esta caminhada ainda vai demorar?”
“O cargueiro nunca aterra duas vezes no mesmo ponto. E as localizações não são divulgadas por nenhum canal a que eu consiga aceder.”
Porque é que vamos a pé?”
“Isso vais ter de perguntar a eles.”

-Alguém pode me dizer porque é que vamos a pé?
Estou a receber uma comunicação.. do agente SergueiPeNaCov”-Disse NIA
Comandante Lagrange, a sua patente militar aqui nada vale. Por favor mantenha-se calado e confie em mim”-
“Comunicação desligada”-
Disse NIA
“Nada vale?”
“Enquanto não passares pelos serviços de identificação daqui, não passas de um zé ninguém”-Respondeu NIA.

Passados 23 minutos, chegaram a uma enorme plataforma metálica.
PéNaCov olha para os homens,
E de repente toda a gente desaparece dali e reaparece no outro lado do planeta, onde é noite.
“O que foi isto NIA”?
“ Espera... eu não estou bem”-
NIA desligou-se.
“NIA? NIA? ...”
Do céu vem uma luz. Era um cargueiro! E aterrou a 20 metros de  Serguei . O deutério é carregado, e  Serguei  vai falar com um dos militares que estavam a guardar os técnicos que recebiam o deuta.Depois Serguei faz sinal a Lagrange, para ir ter com ele.
Ao aproximar-se de Serguei, Lagrange diz-lhe
-”Passa-se algo com as minhas nanites”
-”Lá em cima tratam-lhe disso. Dê cá a arma... a farda pode devolver-nos depois quando regressar. E até breve.”-Responde Serguei
-”Entre”- diz o soldado a Lagrange.
Lagrange olhou para Serguei e agradeceu.
Entrou no cargueiro pequeno, que levantou voo, saiu da atmosfera do planeta e dirigiu-se à nave Esperança.
“NIA, vá lá, responde!”
NIA continuava a não responder.
Lagrange ia sentado num pequeno camarote para visitantes. A viagem até à Esperança, num cargueiro pequeno devia durar à volta de 6 minutos, portanto ter de ficar num camarote parecia-lhe um pouco exagerado.
A fim de dois minutos chega um homem de cabelos brancos mas que aparentava estar nos seus 30 à que diz-lhe:
-Assim que chegar à nave de Batalha, será scaneado e identificado. De acordo com o Agente Serguei, o senhor tem nanites e tem encontro marcado com sua majestade a rainha Hara, por isso, deixe-me cá ver a sua mão."

O homem pega na mão de Lagrange e dá-se uma troca de informações entre nanites.
-Está tudo nos conformes, a sua identificação como segurança real ainda é válida.

NIA!!!!! Preciso de ti!”- pensava Lagrange.
-Foi-lhe dada acomodação porque não somos nós que vamos ter à Nave Esperança. Ela é que vem a nós, sem horário definido.

-Posso circular pelo cargueiro?
-Pode, mas agradecemos que se limite às áreas
civis: refeitório, bar, sala de convívio e balneário.
Aqui o balneário
é misto, espero que não se importe.
-Balneário misto? Claro que não me importo... Eu não sabia que este cargueiro tinha áreas militares.
-Nesta zona todas as naves têm uma área militar. Passe bem.
E saíu.
“NIA, o protocolo de identificação está a funcionar corretamente.”

NIA continuava a não responder.
Lagrange abriu um armário, tirou uma toalha e um roupão e preparava-se para abrir a porta para dirigir-se para o balneário.
NIA, se consegues ouvir-me, o balneário é misto. Motivo mais do que suficiente para eu querer tomar um demorado duche.”
“fbbafaafr...”
“NIA?”
“Atenção, nanites offline para autoreparações. É imperativo que se deite para repouso absoluto.”
“Hã? Não me faças isso NIA”.

nejsaea...”
E de repente Lagrange sentiu-se mais cansado, zonzo..
“Vendo bem, é mesmo melhor eu meter-me na cama...”

Deitou-se na sua cama e adormeceu de repente, para acordar 8 horas depois, todo transpirado.
“Olá David”
NIA! Que se passou contigo?”
“Aquele hipersalto corrompeu as comunicações entre nanites, e destruiu mesmo várias delas. Várias das componentes que me gerem a mim, NIA, tiveram de ser reconstruidas.”

Hipersalto à superfície de um planeta com atmosfera, habitado e com recursos?”
Tecnologia abandonada há mais de mil anos, do teu ponto de vista, pelos problemas que criava e nunca conseguiram resolver.”
“Se foi abandonada porque é que Serguei e os seus homens recorrem a ela?”
Só posso te apresentar hipóteses. Nada em concreto.”
“Bem-vinda de volta... estava preocupado contigo. Nunca tive uma mulher tanto tempo na minha mente...”
“Sim, claro, lembro-me perfeitamente que desliguei-me quando ias para um demorado duche num balneário misto.”
“Por falar nisso... tenho de ir ao duche.”

De repente ouve-se:
Esperança estabeleceu contacto, pede-se ao pessoal que vai ser transferido que se apresente na porta 3 dentro de 15 minutos.
Vai a um duche rápido. Estás a precisar de um.”-Diz-lhe NIA.
(continua )

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Por motivos técnicos (crash do computador do autor), a publicação das aventuras de Capitão Lagrange só regressará na próxima 3ª feira 16 de Outubro de 2012.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As Aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 2 : Encontro no espaço-tempo (parte 8)

por Matemaníaco
Continua (daqui)
-Eu pensei que era suposto eu ser um segurança, não um programador industrial de nanites.
-Aqui, todos têm de crer que és um programador.
Na nave, têm de acreditar que és um segurança.
Acredita em mim, vai funcionar. Agora sai, vai conhecer as redondezas.
O jantar serve-se às 21h00m... As tuas nanites dizem-te as horas.
-Está bem... Até logo.
Lagrange afasta-se e sai da tenda.
-NIA, esta mulher dá-me uns arrepios.
"Estive a analisar o código que ela enviou. Está limpo... E ela tem razão. Não devias interromper as pessoas."
-Também vais ficar do lado dela?
"Não fales comigo sem te certificares que não há ninguém à volta. Ainda pensam que és maluco ou que tens nanites."
-Eu digo que estou a falar ao telemóvel. Por wireless.
"Não estou a detectar nenhum tipo de sinal que possa indicar a existência de uma rede de telemóveis aqui."
-Está bem, NIA, eu vou calar-me.
Olhando em volta Lagrange vê mais de uma centena de tendas.
-Senhor Lagrange?
Lagrange vira-se e vê um robot
- O meu nome é ZX-Spectrum. A sábia mandou-me acompanhá-lo.
-Zx Spectrum? -Riu-se Lagrange- Está bem, vamos.
“Tu tens-me a mim! Porque te manda ela um robot?”-Pergunta NIA na mente de Lagrange.
“Já estás com ciumes NIA? Não te preocupes, é a ti que eu levo para a cama!”-Respondeu Lagrange, também na sua mente.
NIA não respondeu.
-Fazes ideia de como se formou esta cratera?
-Inicialmente pensámos que tinha sido um meteorito, mas depois descobrimos que foi uma nave gigantesca que se despenhou há cerca de dois milhões de anos.
-Gigantesca como? Uma EDM?
-Uma nave equivalente a 100EDM’s, de origem desconhecida.
-Que império é que tinha um monstro desses há dois milhões de anos?
-Não lhe sei responder senhor Lagrange. Ainda não conseguimos decifrar a escrita.
“Há dois milhões de anos, não podia ser humano”-Disse NIA a Lagrange.
“NIA, eu juro que não te esqueço, mas por favor, fala só quando eu te perguntar alguma coisa”
-Spectrum, o que é aquela tenda acolá? Está cheia de gente.
- É a igreja emaGo.
-emaGo? Nunca ouvi falar.
-É uma fé que se espalhou por cá entre os sobreviventes. Segundo o lider o nosso universo faz parte de um jogo virtual online, jogado por pessoas naquilo a que ele chama verdadeiro mundo real. Segundo ele, os únicos seres com noção da realidade são os Imperadores. Os imperadores podem inclusivamente ocupar temporariamente o corpo de outros imperadores, numa operação chamada sitting.
-Há loucos para acreditar em tudo...
-Concordo senhor.
-E ali, aquela tenda?
-Ah, bom olho senhor. É o sítio daqui da zona onde vendem as melhores bebidas...
E Lagrange conheceu várias tendas...
Passados dois dias, estava Lagrange à frente de um computador a tentar apagar código de nanites.
-Desmaios... o cargueiro está a chegar. Os vendedores de deutas vão agora para o ponto de encontro. Vai com eles.
Lagrange larga o que estava a fazer e dirige-se para uma tenda a norte da cratera.
Chegado à tenda, lá estava um pequeno exército fortemente armado.
-E-Eu venho para acompanhar-vos na venda de-de De-Deuta.-Gaguejou Lagrange - Foi a sábia quem me mandou.
Os homens olham para ele. Um deles aproxima-se, aperta a mão de Lagrange...e há uma transferência de informação entre as nanites de Lagrange e as dele.
-David Lagrange, Comandante da frota imperial do Imperador Matemaníaco. Que interesse tem a sábia em mandá-lo connosco.
-Soube isso tudo só ao apertar a minha mão?
-Segurança Imperial Serguei PéNaCov, agente da TIA. Estamos sempre bem informados e bem equipados. As suas nanites têm um bonito código e passarão muito bem pelos scanners da rainha Hara.
-TIA?
-TIA – TASCA Inteligence Agency.
-TASCA?
-A que aliança pertence o Imperador Matemaníaco na zona temporal de onde veio?
-Coligação dos Impérios.
-Ah... não se preocupe. A TIA está no seu futuro. Garanto-lhe! Aqui os meus homens vêm todos de serviços secretos de todo o Universo e de várias zonas temporais... e todos escolhidos a dedo por mim. Pessoal, arranjem-lhe uma farda ponham-lhe uma arma de plasmas nas mãos. Partimos dentro de meia hora.
“NIA... querida estás aí?”
“Sim David”
“Como foi que ele conseguiu identificar-me?”
“Ele tinha as autorizações necessárias”
“E tu confias nele?”
“E porque não? A autorização dele é verdadeira e válida. Ele é agente da TIA”
“Eu começo a ficar farto de pessoas que sabem mais do meu futuro do que eu”
“Eu não tenho informações do teu futuro.”
“Mas sabes dessa tal de TIA?”
“Sim, sei. Está na minha base de dados. De acordo com essa base de dados, a aliança TASCA formou-se duas semanas depois de teres vindo para cá e a TIA foi apenas uma reorganização dos serviços secretos dos Impérios”
“E a Coligação dos Impérios?”
“O sofreu uma grande divisão.”
“Eu sirvo o meu imperador, e se a TIA está ao serviço dele, eu estou ao serviço da TIA”
-Eh toma. Veste-te.- Diz um dos agentes enviando-lhe a farda.
-Algum de vocês é militar?
-Somos todos agentes Imperiais. Os militares nem sonham do que é que somos capazes!- Sorriu Serguei.
Lagrange vestiu a farda.
-E a tal arma de plasma?
Alguém atira-lhe uma arma de plasma.
-Tem cuidado  para não nos dar cabo do deuta. Aponta isso só para os parvos que tentarem roubar-nos.

-Está bem.
E passados alguns minutos partiram a pé acompanhando um contentor flutuante de deuta.

(continua)

Tasca-leaks(1a)

    "O pessoal da TASCA de vez em quando recebe convites para ingressar na ex-aliança de onde
saiu o grupo de imperadores inicial.
Assim sendo, o chefe supremo da TIA nomeou dois dos seus melhores agentes para a nossa
primeira missão de infiltração, com o objectivo de contra-atacar.
Diianik, foi a primeira agente a ser admitida na IMPRTRS.
Conseguimos recrutar ainda 007 para backup e suporte..
No dia seguinte, face a novo convite, os chefes da TIA propuseram ao agente alentejano
Armaggedon que apenas aceitasse se entrasse como administrador.
Sem surpresa, Armaggedon foi aceite"

Não perca, aqui toda a história da mais fácil infiltração do ano, no universo 25 que terminou após a alteração da página da aliança IMPRTRS para ... isto:
(2 cliques para ver como deve ser)



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tasca-Leaks (1)

O assunto de hoje saiu da T.I.A.-TASCA Inteligence Agency, os Serviços Público-Secretos da TASCA.

Assim sendo, deixaremos aqui um link para a Skydrive do Matemaníaco,
 https://skydrive.live.com/?cid=F83B921A27185BA2&id=F83B921A27185BA2!242
onde podem encontrar um ficheiro PDF de nome TIA.
A TIA foi gentil e tirou aqui para os leitores do blog, as passwords que estavam no ficheiro.
Podem lê-lo.

O outro pdf que lá está, são as aventuras de Capitão Lagrange, a nossa blogo-novela, mas a versão mais recente está sempre aqui neste blog...

Até à próxima
Matemaníaco



Registos de um diplomata - Os registos das relações diplomáticas da TASCA (post 2)


Há quem ache boa ideia fazer convites a membros de outras alianças...

IMPRTRS 10.10.2012 23:54:17
estas ai

Matemaniaco 10.10.2012 23:55:09
Yup.... estou a tratar do blog da TASCA
 ------------------------------------------------------------------
Imperador Matemaniaco - Departamento de escrita, relações públicas, privadas,
intergalácticas, extra-conjugais, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS 10.10.2012 23:56:03
queres vir para a minhas aliança como admnistrador

Estás maluco?? Tu convidas um tipo de outra aliança para ser administrador na tua???
Não achas isso minimamente perigoso?

Eu não estou agarrado ao poder.. estou bem aqui..
Mas se um dia me der mal, saio.
------------------------------------------------------------------
Imperador Matemaniaco - Departamento de relações públicas, privadas,
intergalácticas, extra-conjugais, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS 10.10.2012 23:59:51
ok

PS: Se veio cá à espera de mais um episódio do Capitão Lagrange... ele só se atrasou por causa de IMPRTRS
Mas pode ser que ainda hoje apareça por cá mais uma parte do capítulo 2.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

As Aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 2 : Encontro no espaço-tempo (parte 7)


Por Matemaníaco
(continua daqui)
-Aqui, no modo tutorial, eu fico desligada da tua mente. Não sei o que estás a pensar.
-Ah, portanto sabias em que é que eu estava a pensar há pouco, quando te perguntei se eu podia desligar-te.
-Sim. Estavas assustado.
-Não estava nada!
-Não consegues mentir-me a mim. Sei muito mais sobre ti que do que tua própria consciência!
-Estás a dar-me razões para te manter desligada.
-Não precisas. A partir do momento em que saires do tutorial é-me impossível voltar a aceder à tua mente. O scan à tua mente serviu para criar o meu avatar, este corpo que vês, de acordo com o teu subconsciente, e dar-te a opção de que eu saiba tudo sobre ti.
-Portanto tu sabes o que eu quiser que tu saibas?
-Sim, mas este passo é irreversível. A partir do momento que decidas, está decidido.
-Ok, já que sabes tudo sobre mim, fala-me de ti, da tua personalidade antes de eu decidir.
-Sou um modelo Nano IA para nanites imperiais pós 80. Concebida para ter a mesma personalidade que uma mulher humana. De momento não tenho dados para a descrever. A personalidade foi-me adicionada assim que entraste o modo tutorial.
-Portanto, és capaz de sentir ciúmes, ódio, amor, paixão...
-Sim, faz parte do meu software.
-”Software”... posto dessa forma soa tão romântico... Isso não é perigoso? Se sentires ciúmes de eu estar a namorar uma rapariga não podes agir contra mim?
-Sim, já aconteceu no passado com alguns utilizadores. Nesse caso, eu tenho um mecanismo para tua defesa que te permite bloquear-me.
-Portanto, posso tornar-te minha escrava...
-Também não. Se for detectado uso “abusivo” da interface, várias componentes do software podem, desde desligar a minha personalidade até desligar definitivamente as nanites.
-Interessante... Já me viste completamente nu?
-Sim, já. Pelos teus olhos.
-Gostaste do que viste?
NIA dá-lhe uma forte bofetada na cara.
-Peço desculpa... não consegui conter-me- disse Lagrange.
-Para evitar problemas, sugiro que mantenhamos a nossa relação o mais profissional possível.
-Profissional? Tu tens acesso a todo o meu corpo, quem sabe, até substituir-me aqui! Eu quero conhecer-te como mulher.
-Lamento. Isso não é possível. Que decidiste? Precisas de tomar uma decisão para podermos continuar.
-Podes ficar com as memórias!

O avatar de NIA olha para Lagrange sorri, e diz.
- A entrar em modo tutorial.
Todo o ambiente transforma-se numa enorme pista de atletismo. O sofá onde Lagrange estava sentado desaparece e ele bate com o rabo no chão.
-Podias ter avisado.
-E onde está a piada disso?
Parece que já descobriste isto: os teus limites físicos foram consideravelmente aumentados. Velocidade e força. Só precisas de uma boa alimentação para manter as nanites, e nunca as desligues sem ver se podes.
-Como vejo isso?
-Fechas os olhos e pensa em mim.
-Ok, isso não é difícil.
O cenário volta a mudar... Desta vez para uma sala cheia de computadores, depois a cabine de uma nave espacial, depois...
Ao fim da tal meia hora, Lagrange acorda à frente da sábia.
-Como correu?
-Correu muito bem.
-Óptimo. Agora, vamos ao que interessa,
vamos ao detalhes do teu encontro com sua majestade a rainha Hara.
-Hã? Como é que sabe disso?
-Porque achas que te mandaram vir a mim? Desde que Glorie percebeu que tinhas acordado, que tudo isto foi planeado.
-Está bem.. mas antes de continuarmos, aquelas pegadas enormes que vi ao chegar cá.
-Se fossem perigosas não teríamos as tendas montadas aqui. Isso é outra história, não tenhas pressa. Podemos continuar?
-Continue...
-Todos os 9 dias um cargueiro pequeno modificado vem cá recolher deutério para abastecer a nave Esperança. Tu vais entrar nele. As tuas nanites vão identificar-te como membro da segurança pessoal da família real oGamus.
-Eu nunca fui segurança d...
-Isto é um aviso que só te dou uma vez: Se voltas a interromper-me, as tuas nanites vão mudar-te o sexo! Entendido?
Lagrange acenou afirmativamente com a cabeça.
NIA diz-lhe: “Ela sabe como o fazer. Está calado e ouve.”
-Como eu ia dizendo, acabei de mandar um programa para as tuas nanites, que te identificam como membro da segurança da casa real oGamus. Isto deve permitir-te passar por todos os sistemas de segurança e identificação daquela nave. 
Ninguém visita pessoalmente a rainha. Regra geral todas as comunicações são feitas com nanites, hologramas, rádio, subespaço.. nunca pessoalmente!
Considera-te um sortudo!

 Estas medidas são necessárias, porque já por duas vezes tentaram infiltrar alguém lá dentro. Numa das vezes chegaram ao sistema de armas e destruíram 3 cargueiros.
Os computadores daquela nave de batalha contêm informação preciosa... Informação pela qual já morreu muita gente. Mesmo as nanites que te foram dadas, são tecnologia pela qual já mataram pessoas por cá. Isto é uma selva.
Todo o cuidado é pouco. Toda a informação sobre o teu transporte chegar-te-à via nanites.

Notei uma coisa a correr-te no sangue... comeste alguma coisa?
-Bebi uma bebida num bar... chamaram-lhe Estrela da Morte. Tinha uma rodela de uma coisa chamada protanera.
-Evita essa protanera. Nessa fruta existe uma bactéria consegue interferir no funcionamento de nanites imperiais. Aliás, é proibida entre os oficiais da rainha. Entretanto, já tens onde dormir?
-Ainda não...
-Bem me parecia. Durante os próximos dias, até chegar o cargueiro, vais dormir e trabalhar aqui, receberás um salário.
-Vou trabalhar a fazer o quê?
-Como programador de nanites.
-Mas eu não percebo nada disso!
-Aperta aqui a minha mão.

Ao apertar a mão, numa questão de segundos Lagrange obteve o equivalente a 10 anos de experiência em programação de nanites imperiais.
-Uau...
-Bem vindo ao século CXXI.

(continua)

Registos de um diplomata - Os registos das relações diplomáticas da TASCA (post 1)

 por Matemaníaco

(obs: peço aos leitores que não se choquem com os erros de português...)

IMPRTRS 08.10.2012 23:03:12
Esta tudo bem contigo
Quanto tu quizeres podes sempre vir para a minha aliança
Um abraço

Matemaniaco 08.10.2012 23:10:21
Boas noites meu caro.. por cá estamos a planear a queda de uma melga chamada [censurado].
Deixa outros assuntos para outro dia que agora não pode haver distracções nem enganos (que aqui começam a ser frequentes).

E não alicies o pessoal da TASCA porque aqui há cláusulas de rescisão!

No dia da festa damos-te notícias!
---------------------------
Departamento ocupado de relações intergalácticas, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS 08.10.2012 23:13:15
queres vir para a minha aliança ?
a porta esta sempre aberta

Matemaniaco 08.10.2012 23:21:59
Ó Guerreiro, os outros não sei, mas eu estou muito bem aqui numa aliança que não é "minha", é de todos!

Olha, se quiseres vir tu para cá, a história é outra e tem de ter 10 votos cá dentro a favor.
Como já te disse, de momento estamos ocupados...

Agora, voltando ao cumprimento das minhas funções, tenho de pedir-te que deixes de mandar mensagens dessas para o pessoal da TASCA.
---------------------------
Departamento ocupado e sem paciência de relações intergalácticas, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS 08.10.2012 23:27:08
ok
Eu tenho uma proposta a fazer
Voçem podem vir para a minha alança e vamos ter 5 administradores

Matemaniaco 08.10.2012 23:42:10
Vivas outra vez.
Eu não estou bem a ver como é que isso é uma proposta...
É tipo Portugal chegar à UE e propor que toda a UE passe a fazer parte de Portugal, e que o novo Portugal passa a ter 5 presidentes da Republica...
Convenhamos que isso não é uma proposta, é gozar com as pessoas.

E a tua aliança concorda com esse disparate?
Aqui, nenhum dos nossos administradores acha piada à proposta, até acham ofensivo.

---------------------------
Departamento dos departamentos de relações intergalácticas, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS 08.10.2012 23:46:39
Eu nao sou politico
Se voçes nao estiver intersados que digam

Matemaniaco 08.10.2012 23:57:43

Não, não há qualquer interesse.
Manda cumprimentos nossos ao resto do pessoal.

Mas vê lá que amanhã eu vou perguntar a toda a gente se recebeu os nossos cumprimentos.

---------------------------
Departamento de coiso, relações intergalácticas, interespécies e intertretas da TASCA

IMPRTRS    08.10.2012 23:59:21
ok


Estes posts contêm e conterão sempre a cópia integral de conversas tidas durante o jogo oGame, no decorrer das funções do autor como responsável pelas relações diplomáticas.
Algumas palavras, nomes ou frases estão censurados por forma a não chocar os nossos leitores, ou de acordo com a actual estratégia da TASCA.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Império - Parte I

(Começa aqui)

Os primeiros dias de estadia na nova galáxia foram bastante difíceis para o Imperador McLopes. Constantes recordações do deutério gasto mergulhavam-no em melancolia e alguma tristeza. Decidira deixar as galáxias povoadas e a agitação normal, mas ainda não se adaptara à nova situação de mineiro, nem se acostumara ao convívio com pessoas estranhas. Conversara amiúde com os restantes membros da aliança sagrada… e isso por vezes desorientava-o. Evitou nesses primeiros dias cruzar-se com alguém, refugiando-se umas vezes nas novas colónias outras vezes na sua deslumbrante e cintilante lua, onde geralmente preguiçava deitado entre os bancos dos seus magníficos cruzadores. No meio do hangar com tantas naves sentia-se mais seguro e menos só.

Lá fora havia novos mundos por descobrir, alguns desses mundos já tinham sido documentados como sendo mundos de gente primitiva onde reina o caos, a morte e a destruição. Mas tempestades infindáveis teimavam em manter as naves em solo.

Ao fim do primeiro ano desta sua nova condição a tempestade desfez-se como por encanto, como se tivesse apenas à espera de uma oportunidade.
Sábio da responsabilidade e obrigação da missão, o Imperador McLopes depressa se lançou ao caminho. Lá fora, já não havia vento nem borrasca. Da janela do seu Cruzador conseguia ver a sua Lua redonda e cintilante por entre tanta embarcação de metal que ajudava a reflectir o seu brilho.

Ele estava inquieto, pois sabia que havia vizinhos novos também à espera de uma oportunidade, porém a sede de vencer era mais forte.

Demoraram quase duas semanas a chegar ao planeta habitado mais próximo. Foram duas semanas que pareceram não ter fim. Chegados lá repararam que apenas restava ruínas, a população sobrevivente estava demasiado magra, cansada e muito queimada pelo sol do deserto. De imediato dirigiram-se para junto de umas ruínas envoltas de uma florestação verdejante e densa. Corria ali um pequeno rio que desaparecia uns metros mais à frente num buraco por entre as rochas cortantes da escarpa.

Ao dirigir-se a um habitante local, o Imperador McLopes, esperava encontrar respostas para saber ao certo o que se tinha passado ali, assim como também poder assegurar a sua tripulação. Ele ia vendo os edifícios envolventes semi-enterrados em areia do deserto, os edifícios de arenito estavam semi-destruídos quer pelo grande ataque, quer pela erosão dos constantes ventos. Só o gemido do vento, emitia sinais sonoros, por entre tamanho silêncio.

McLopes, também pensava nas suas gentes, e que poderia ter que enfrentar tal armada, de certo que estaria melhor preparado, mas certamente que iria ser momentos difíceis e desnecessários.

Ao avistar tanta gente cheia de fome, batera nele um sentimento de uma enorme perda e angústia, dando ordem para a sua tripulação alimentar e cuidar da população. De imediato, começaram a descarregar os mantimentos que tinham a bordo dos seus cargueiros e a equipa médica começou a montar um hospital de campanha para tratar dos feridos. Desta forma McLopes conquistou o respeito e admiração daquela gente, fazendo que estes ficassem fiéis às leis do Império e passassem a ser uma nova colónia, que em pouco tempo passou de um deserto quente e cheio de rochas, a planícies verdejantes e férteis.