quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Histórias dos Impérios da TASCA - Volume 1
III - A história de Óxinol
- parte I

Por Matemaníaco

Deve-se à imperatriz Aivota o império menos urbanizado, mais pacífico e mais procurado como destino turístico. É excepcionalmente popular entre casais em lua de mel, e casais com crianças entre os 3 e os 12 anos.
Seja como for, há um decreto imperial com um limite superior para o número de turistas admissível, para proteger a natureza.

Nos impérios vizinhos, todas as crianças conhecem lendas e contos de fadas que se passam naqueles planetas.

Óxinol Assarinho vivia na ilha de Sucellus no planeta Ria.
O nome da ilha era tão antigo que ninguém sabia a sua verdadeira origem. Circulava a lenda de que a ilha tinha recebido este nome de um antigo deus do vinho e da agricultura venerado pelos lusitanos na Terra original.
Sucellus era gerida por Tuga, um homem nomeado pela imperatriz, e que cumpria na integra as directrizes imperiais.
Óxinol era um investigador energético. Trabalhava no centro de pesquisas de Ria.
Não gostava do regime nem de Tuga, nem de viver no império menos urbanizado do universo.
Os congressos em que participou noutros planetas, apenas o ajudaram a reforçar as suas ideias.
Embora não conhecesse nenhuma democracia no universo, acreditava que o trono do império devia ser democraticamente ocupado, assim como todos os cargos importantes para o império!
Mesmo tendo a democracia falhado sempre em todas as épocas anteriores da história!

Os seus contributos nas pesquisas de energia permitiram ao império optimizar a utilização de recursos, e motivaram-no de tal forma que deixou de ter vida pessoal e dedicou-se exclusivamente ao seu trabalho.
Nos seus tempos livres começou a  investigar uma nova forma de fusão nuclear que se funcionasse, seria equivalente a uma planta de fusão nível 30 tradicional, mas que consumiria menos deutério que uma planta tradicional de nível 1.
Um dia submeteu a sua ideia no centro de pesquisas em Ria.
O director do centro olhou para a ideia com alguma suspeição, mas leu o estudo de Óxinol.
Dois dias depois, reuniu-se com ele.
- Senhor Assarinho, a sua ideia é interessante, mas levanta-nos um grave problema. Esta forma de fusão não é limpa. Deixa resíduos radioactivos e como sabe, isso é proibido por lei.
- Lei imposta por uma imperatriz que não foi escolhida por ninguém.
- Senhor Assarinho, não nos cabe a nós discutir o regime. Apenas cumprir o nosso dever e a lei. Seja como for, tendo em conta a poupança de espaço e a poupança energética que propõe, vou submeter a sua proposta à imperatriz.
- Obrigado director Alcão.
- E por favor, não volte a contestar as leis do império em instalações imperiais. Existem sítios próprios para isso.

Assim que Óxinol saíu, Alcão submeteu a proposta como sendo proposta do centro de pesquisas.
Duas semanas depois, Aivota lê a proposta, junto com uma recomendação do director Alcão.
Aivota recusava-se a aceitar qualquer forma de energia poluente, mas a ideia de poder poupar espaço e assim manter o império o mais natural possível também era aliciante, e decidiu partilhar a proposta por comunicadorcom o seu amigo e colega de aliança, o imperador Matemaníaco.
Mal começou a ler a proposta, Matemaníaco disse a Aivota:
-Os meus homens investigaram isto há anos. Além de libertar resíduos perigosos, este tipo de fusão não é estável. Basta um pequeno desvio no fluxo de deutério e a planta torna-se numa bomba nuclear.
-Mat, não estás a exagerar?
-Eu sugiro-te que vejas por ti própria. Pede aos teus homens uma simulação numa holosala.
-Obrigado Mat, até à próxima.
-De nada. Até à próxima.

Aivota chamou Alcão à sua casa.
Horas mais tarde, Alcão chegou.
-Muito boa tarde sua magnificência.
-Senhor Alcão, eu quero lhe pedir que simule esta central numa holosala. Eu quero visitar virtualmente esta planta de fusão.
-Sim, senhora. A simulação estará pronta dentro de dois dias.
-Obrigado senhor Alcão.

Dois dias depois, tal como prometido por Alcão, a simulação estava pronta.
Á porta da holosala, à espera da imperatriz, estavam Alcão e Óxinol.
- Senhor Assarinho, só o facto de a imperatriz pedir uma simulação já é muito bom sinal.
- Eu revi todos os parâmetros da simulação da fusão. A simulação comportar-se-á como uma planta real.

A imperatriz chegou acompanhada do seu fiel guarda-costas Alo.
-Meus senhores, vamos a isto?
Alcão abre a porta da holosala, e todos entram.
Era impressionante estar perante aquela planta em realidade virtual.
Óxinol foi o guia de visita da planta.
Tudo corria às mil maravilhas, até que de repente a planta virtual explode, terminando a simulação e deixando os 4 dentro de uma holosala desligada.
-Que se passou? - Perguntou Aivota.
-Não sei explicar - Respondeu Óxinol.
-Vamos investigar o que se passa. -disse Alcão.
-Meus senhores, não preciso de dizer-lhes que, enquanto não for possível uma simulação segura, eu não vou sequer considerar a ideia de construir uma planta destas.
Assim que Aivota saiu, Óxinol pôs mãos à obra e passou dois meses a trabalhar na simulação, a fazer e refazer cálculos e não conseguiu perceber o que é que correu mal.
Ao fim de dois meses foi ter com Alcão.
-Senhor Alcão, acho que o problema é estarmos a tentar simular. Isto tem de ser visto no mundo real.
-Está maluco? As simulações existem mesmo para evitar problemas no mundo real. Em que é que baseia a sua afirmação?
-No facto de todos os geradores recorrerem a valores pseudo-aleatórios e não a verdadeiramente aleatórios.
-Essa razão é estúpida. Um pseudo-aleatório, é para todos os efeitos, como se fosse aleatório!

A discussão continuou, com Óxinol a apresentar razões que eram sempre rejeitadas por Alcão.
-Óxinol, a sua planta não é segura. Descubra a razão, e só depois voltaremos a submeter uma simulação  à Imperatriz.

(Continua)

4 comentários:

  1. Não sabendo como o autor nos vai brindar com o próximo episódio, sugeria que avaliasse bem a posição da imperatiz em relação a essa planta de fusão, pois desconfio que se esta for para a frente não explodirá apenas a planta de fusão. ehehe. Desculpa meter-me Aivota. desculpas estensíveis ao brilhante autot também.
    ucauca

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    1. Muito obrigado :)

      A conclusão virá em breve... Este tipo de fusão voltará a ser tema de discussão no futuro aqui nas histórias do blog.

      Mas já foi mencionada por alto num episódio d"As aventuras de Capitão Lagrange".
      Eu agora só vou dar alguns detalhes e repetir a história... :D

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  2. explode a planta e tambèm a minha ira... um buraco negro está na eminência se ser criado....
    aivota

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    Respostas
    1. Espero que este tipo de fusão com detritos nunca venha a ser implementada no oGame... imaginem ter de andar a se livrar do lixo de qualquer forma.

      Toma lá Aivota.
      A conclusão
      Tu tens uma equipa de segurança digna da TIA.

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