quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As aventuras de Capitão Lagrange - Capítulo 3 : Os outros ( parte 7 )


por Matemaníaco
(Continua daqui)

– Não. No entanto não precisa de se preocupar. Já todos nós a vimos sem roupa. – Disse o robot que chegou por último.
– Nenhum de nós usa roupa, por isso não nos ocorreu que precisasse, até que há cerca de duas horas pensei que sendo fisicamente uma réplica de um ser humano, poderia estar programada para ter os mesmos comportamentos. Foi então que fui à procura deste lençol.
NIA olhou para eles
-Já todos me viram nua?

Nave de batalha Esperança, suite da rainha Hara.
9H30min

Hara acordou tarde e bem diposta. Foi ao duche, vestiu-se e quando ia para o refeitório parou num corredor e recorrendo a um comunicador contactou Ótárius.
– Bom dia comandante. Como estão as coisas hoje?
– Sua majestade... Todo o 5º andar e toda a tripulação dessas cabines estão infectados com protanerabacter. Ao que parece uma versão diferente, resistente aos antibióticos que tínhamos.

– Todo o 5º andar? Como é que isso aconteceu?
– A primeira pessoa que notámos estar infectada foi o senhor Óxinol, mas depois percebemos que ele é apenas um. O subcomandante Pennus, e toda a tribulação com cabine nesse andar estão de quarentena. Estamos a desligar todas as unidades de processamento e computadores da vizinhança.
– Há perigo para as pessoas?
– Até agora, só têm sido afectados sistemas e tripulação com nanites imperiais.
– Mantém-me informada
– Sim majestade!
Hara desligou e continuou em rumo ao refeitório.

Planeta Cronus. Sector 44-12 ?
12H02min

Gonzalez recuperou a consciência. Estava em cima de uma maca. O seu uniforme estava intacto. Numa maca ao lado, estava Lagrange, com uma máscara sobre metade da face.
– Capitão! – chamou, em voz baixa.
– Sim cabo, finalmente acordaste. Não precisas de falar em voz baixa. Até agora, por aqui só vi robots. Daqueles que conseguem ouvir o som de um pelo a cair no chão. Tem só cuidado com o que dizes.

– Fomos atingidos por um míssil?
– Sim.
– Somos prisioneiros?
– Isto não se parece com nenhuma prisão que eu conheça, e supostamente até estão a tratar de nós.
– É seguro eu levantar-me?
– Pode até ser, mas pelo menos a mim, “desligaram-me as pernas”.
Gonzalez tentou mexer uma perna e não conseguiu.
– Céus! A mim também! Então somos mesmo prisioneiros?

– Não vamos tirar conclusões precipitadas.
– "Não vamos tirar conclusões precipitadas"? Está a brincar senhor?

(continua)

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